2021 come\u00e7ou com os programas de vacina\u00e7\u00e3o no mundo ganhando tra\u00e7\u00e3o. Apesar da velocidade ser menor do que a desejada, j\u00e1 vemos os \u00f3bitos e hospitaliza\u00e7\u00f5es sendo reduzidos nos EUA e em Israel – uma grande not\u00edcia. Temos agora o desafio log\u00edstico de vacinar a todos, uma tarefa herc\u00falea, mas somos uma sociedade industrial cuja especialidade \u00e9 produzir em larga escala. Passada a fase da discuss\u00e3o do que produzir, penso que vai come\u00e7ar a sobrar vacina no segundo semestre e que a grande parte dos pa\u00edses mais representativos no PIB mundial ser\u00e1 vacinada at\u00e9 l\u00e1.<\/p>\n
O Brasil se encontra dentro desse grupo de pa\u00edses. Apesar das idas e vindas do governo, tem 20 bilh\u00f5es de reais de or\u00e7amento p\u00fablico destinados para a vacina, o setor privado j\u00e1 se disp\u00f4s a pagar e foi autorizado pelo governo a auxiliar. Temos a Fiocruz e Butant\u00e3 mobilizados para produzir as vacinas da Astra Zeneca e Sinovac. Temos a Uni\u00e3o Qu\u00edmica produzindo a Sputnik e a Johnson & Johnson que fez boa parte dos testes cl\u00ednicos no Brasil pronta para entrar com pedido de autoriza\u00e7\u00e3o especial at\u00e9 fevereiro na Anvisa. Estamos ansiosos, \u00e9 claro. Mas estamos na cara do gol.<\/p>\n
Com a vacina\u00e7\u00e3o em curso e a normaliza\u00e7\u00e3o da economia contratada para o segundo semestre do ano, ficamos com a preocupa\u00e7\u00e3o de como vamos chegar at\u00e9 l\u00e1. Lockdowns t\u00eam sido restabelecidos em diversos cantos de Londres a S\u00e3o Paulo com consequ\u00eancias negativas para a atividade econ\u00f4mica afetando as j\u00e1 combalidas empresas. Com isso uma nova rodada de est\u00edmulos fiscais volta a entrar em pauta num ambiente de alto endividamento do setor p\u00fablico e escassez de produtos por toda a parte. Nesse contexto, o risco de eleva\u00e7\u00e3o da infla\u00e7\u00e3o e consequente necessidade de aumento das taxas de juros volta \u00e0 baila causando preocupa\u00e7\u00e3o no mercado, que tem os pre\u00e7os dos ativos j\u00e1 esticados e sustent\u00e1veis apenas num ambiente de juros baixos.<\/p>\n
\u00c9 verdade que a alta dos pre\u00e7os das commodities e o est\u00edmulo fiscal trouxeram press\u00f5es inflacion\u00e1rias, mas para essa infla\u00e7\u00e3o ser persistente e n\u00e3o advinda de um choque de oferta pontual e portanto para ter consequ\u00eancias relevantes na taxa de juros, precisamos que a atividade econ\u00f4mica suba um bocado. H\u00e1 muito desemprego, \u00e9 dif\u00edcil termos infla\u00e7\u00e3o alta persistente com desemprego desse tamanho. Nesse sentido, vemos o progn\u00f3stico para os pre\u00e7os de ativos financeiros com otimismo.<\/p>\n
Dito isso esperamos um primeiro trimestre com atividade econ\u00f4mica mais fr\u00e1gil, a press\u00e3o sobre pre\u00e7o de commodities continuando, portanto favorecendo o fluxo comercial e de investimento direto para produtores de commodities como o Brasil. Esperamos que a taxa Selic comece a subir no segundo trimestre do ano de forma bastante gradual, vemos algum aux\u00edlio emergencial limitado sendo aprovado no congresso o que dar\u00e1 algum suporte \u00e0 atividade econ\u00f4mica.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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