
Inflação: o que é, como afeta o seu bolso e por que ela continua subindo
Você já deve ter percebido que o dinheiro está “sumindo” mais rápido do que antes. O mercado está mais caro, a conta do restaurante aumentou e até o cafezinho do dia a dia parece pesar no bolso. Tudo isso tem um nome: inflação . Mas o que exatamente é ela, por que continua subindo e como isso impacta diretamente sua vida financeira?
O que é a inflação?
A inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Ou seja, com o passar dos meses, o mesmo valor comprar menos coisas.
Ela é medida por índices como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) , calculado pelo IBGE, que acompanha a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.
Como a inflação afeta seu bolso?
A inflação reduz o poder de compra. Quando os preços sobem e as atualizações não acompanham o mesmo ritmo, o consumidor sente no dia a dia: precisa cortar gastos, substituir marcas e até deixar de consumir determinados itens.
Veja alguns exemplos de como ela impacta diretamente:
- Supermercado: alimentos básicos, como arroz, feijão e café, ficam mais caros;
- Transporte: combustíveis sobem, o que pode aumentar o preço de passagens e fretes;
- Contas mensais: energia elétrica, água e serviços podem acompanhar o ritmo da inflação;
- Investimentos: aplicações com rendimento fixo podem perder valor real se a inflação estiver alta.
Além disso, o aumento constante de preços gera incertezas econômicas, fazendo consumidores e empresas adiarem compras e investimentos.
Por que a inflação continua subindo?
Existem diversos fatores que influenciam o avanço da inflação, e muitos deles estão fora do nosso controle individual. Entre os principais motivos, estão:
- Alta nos preços internacionais: commodities como petróleo, milho e soja afetam os preços de produtos internos, especialmente combustíveis e alimentos;
- Câmbio desvalorizado: quando o real está fraco frente ao dólar, importar produtos ou insumos fica mais caro, o que eleva o preço final;
- Problemas climáticos: secas ou enchentes afetam a produção agrícola, o que diminui a oferta e eleva os preços;
- Aumento na demanda: em alguns momentos, como pós-pandemias ou injeções de estímulo na economia, a demanda sobe mais rápida que a oferta;
- Custo dos combustíveis e energia: aumentos nesses setores se espalham por toda a cadeia produtiva.
Estratégias para proteger as finanças pessoais
Embora não pretendamos controlar a inflação, podemos adotar algumas táticas para proteger nossas finanças, como:
- Revisar o orçamento mensal;
- Priorizar produtos essenciais;
- Investir em ativos que superem a inflação, como Tesouro IPCA ou fundos atrelados ao CDI;
- Evite dívidas de longo prazo com juros altos.
A inflação é uma característica que parece distante, mas afeta diretamente o nosso dia a dia. Entender suas causas e efeitos é o primeiro passo para proteger seu bolso e tomar decisões mais conscientes em tempos de instabilidade.
Com larga experiência no mundo corporativo e passagens pelo Ministério da Fazenda, onde atuou no Conselho Monetário Nacional e foi presidente do Conselho Fiscal do Banco de Investimentos do Banco do Brasil, e na Prefeitura do Rio de Janeiro, Igor Barenboim possui know-how para te dar as melhores dicas sobre o mercado financeiro.
Formado em economia pela PUC, mestre e Ph.D. em Harvard, atua como professor da Fundação Getúlio Vargas e tem coleções de artigos publicados no Jornal do Brasil, O Globo e Valor Econômico.